Vendidos sem prescrição médica ou qualquer tipo de
controle, é possível encontrar uma grande variedade de anti-inflamatórios no
mercado. No entanto, de acordo com a médica nefrologista Céres Felski, da
Fundação Pró-Rim, a prática da automedicação oferece riscos à saúde, podendo
causar danos principalmente nos rins dos pacientes.
O anti-inflamatório é excretado pelo rim e altera a
capacidade de filtragem do órgão, podendo levar à insuficiência renal. Os
quadros são reversíveis, na maioria dos casos, mas em outros, não.
Segundo a médica, o principal problema é que a doença
renal não costuma apresentar sintomas, e, com o uso constante de
anti-inflamatórios por conta própria, o diagnóstico da lesão pode ser feito
tarde demais.
Céres afirma que, caso o paciente desenvolva alguma
lesão, deve suspender imediatamente o uso do medicamento.
Depois, conforme o grau de lesão, será determinada a
conduta para solucionar o caso, que pode variar desde uma boa hidratação até a
diálise.
A médica lembra que os anti-inflamatórios oferecem riscos
e causam efeitos colaterais, que podem danificar estruturas do organismo.
É preciso lembrar que todo medicamento é uma droga. Ou
seja, trata-se de uma substância alheia ao organismo, e que pode desencadear os
mais variados efeitos. Além disso, quando uma pedra entra no sapato, é preciso
tirá-la. O sintoma é a pedra, e não adianta tomar remédio para dor, é preciso
fundamentalmente resolver a causa do problema.
Fonte: R7