A gastroenterite viral, conhecida popularmente como
virose da mosca, tem sido um dos principais motivos para os atendimento nos
postos de saúde de Teresina.
Na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Renascença, na Zona Sudeste,
150 pacientes chegaram a ser atendidos por dia somente com problemas
relacionados à virose.
E se a doença tem lotado muitos hospitais e postos de
saúde da capital, por outro lado ela tem feito o contrário em algumas empresas.
Somente em uma fábrica de confecções de Teresina, mais de 10% dos funcionários
apresentaram atestados médicos nos últimos dois meses por conta da virose da
mosca.
"A gente tem que se ajustar e os funcionários têm
que ajudar uns aos outros para não deixar os pedidos atrasarem. É fazer com que
a gente preencha a vaga das pessoas que estão de atestado para dar conta da
demanda", disse o chefe de setor José Barbosa.
As ausências realmente são justificáveis, já que a virose
acaba debilitando a pessoa e inviabilizando as atividades no trabalho. Diante
do alto número de casos em Teresina, os médicos alertam que é preciso tomar
bastante cuidado, pois alguns medicamentos não são indicados de forma alguma,
sobretudo os que inibem a diarreia.
"A diarreia é um mecanismo de defesa, que serve para
eliminar as toxinas produzidas durante a infecção. Então a gente tem que
procurar se hidratar, evitando medicamentos que inibem a diarreia e que não
devem ser tomados. Em caso de piora deve procurar o médico para fazer
hidratação venosa", disse o diretor clínico da UPA do Renascença, William
Kardec.