O ministro da Saúde, Marcelo Castro, se reuniu com a
embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Liliana Ayalde, para tratar da
epidemia de Zika no país. O encontro bilateral, segundo a pasta, tem como
objetivo intensificar a cooperação entres as duas nações para o desenvolvimento
de pesquisas para diagnóstico, controle, vacina e tratamento contra a infecção.
A previsão é que o debate ocorra durante todo o dia e
seja retomado amanhã (19), na sede da Organização Pan-americana de Saúde
(Opas), em Brasília. Ao final do encontro, as autoridades de ambos os países
devem elaborar um plano de trabalho geral com cronograma de atividades definido
em relação às ações de resposta à epidemia e, também, aos casos de microcefalia
possivelmente associados ao vírus.
"Esperamos que, ao final desse encontro, possamos
estabelecer uma parceria com o objetivo de desenvolver novas tecnologias",
disse Marcelo Castro, ao destacar a necessidade de diagnóstico mais rápido e
preciso, terapias e tratamentos e formulação da vacina contra o vírus Zika.
Técnicos do Centro de Controle e Prevenção de Doenças
Transmissíveis dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês), iniciaram esta
semana um estudo de caso controle de microcefalia relacionada ao Zika na Paraíba.
O objetivo é estimar a proporção de recém-nascidos com a malformação associada
à infecção, além do risco apresentado pelo vírus.
"É uma oportunidade de reunir especialistas, trocar
informações e juntos podermos definir como iremos cooperar", disse a embaixadora
norte-americana sobre o encontro com o ministro brasileiro. "Somos os dois
maiores países do hemisfério e temos papel fundamental para enfrentar esse
surto, doenças infecciosas não respeitam fronteiras. Temos que combater o Zika
e outras ameaças do futuro de maneira ordenada", acrescentou.
Edição: Maria Claudia
Fonte: Agência Brasil/DF: 19/02/2016