13 de fevereiro de 2016•
Aline Leal - Repórter da Agência Brasil
O Ministério da Saúde divulgou nota hoje (13) na qual diz
que só usa larvicidas recomendados pela Organização Mundial da Saúde na
eliminação de focos do mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue, da febre
chikungunya e do vírus Zika. A declaração veio depois que o Rio Grande do Sul
suspendeu o uso do produto pyriproxyfen por suspeita de que ele provoca
microcefalia.
A pasta ressalta que alguns locais onde o Pyriproxyfen
não é usado também registraram casos de microcefalia. “Ao contrário da relação
entre o vírus Zika e a microcefalia, que já teve sua confirmação atestada em
exames que apontaram a presença do vírus em amostras de sangue, tecidos e no
líquido amniótico, a associação entre o uso de Pyriproxifen e a microcefalia
não possui nenhum embasamento cientifico”, disse a nota.
A pasta também ressalta que o Rio Grande do Sul tem
autonomia para utilizar o produto adquirido e distribuído pelo Ministério da
Saúde ou desenvolver estratégias alternativas.
Boletim divulgado ontem pelo Ministério da Saúde mostra
que 462 bebês nasceram com microcefalia. Em 41 casos foi confirmada com exames
laboratoriais a relação entre a malformação e o vírus Zika. A pasta ainda
investiga 3.852 notificações de malformações em recém-nascidos.
Em 2015 mais de 1,6 milhão de pessoas tiveram dengue e
mais de 800 morreram em decorrência deste vírus.
Edição: Maria Claudia
Fonte: Agência Brasil/DF:
15/02/2016