A Anahp organizou evento em sua sede, onde abordou sobre
a “Regulamentação x Recomendações Associadas ao Reprocessamento de Endoscópios
Flexíveis no Brasil”, apresentando boas práticas para o reprocessamento dos
endoscópios flexíveis, bem como recomendações ao uso de soluções desinfetantes
no processo manual e automatizado.
Organizado pela Anahp e pela Johnson & Johnson Medical do Brasil - divisão
da Johnson & Johnson especializada na fabricação de produtos inovadores
para profissionais de saúde, como dispositivos médicos e equipamentos de
diagnósticos -, o evento contou com a apresentação de Claudia Moraes, chefe de
enfermagem do Serviço de Diagnóstico por Imagem e Endoscopia do Hospital
Universitário da Universidade de São Paulo.
Claudia abordou as etapas do reprocessamento, como pré-lavagem, teste de
infiltração, limpeza manual, desinfecção de alto nível, enxágue e secagem, e
chamou atenção para os principais riscos de transmissão de infecção.
“A fase de limpeza manual é a mais importante. Ela é obrigatória mesmo que haja
um mecanismo automático de limpeza. Endoscópios são equipamentos reutilizáveis,
complexos e que exigem conhecimento sobre como processá-los a fim de evitar a
infecção cruzada. Além da superfície externa dos endoscópios, seus canais
internos para ar, água, aspiração e acessórios são expostos a fluídos do corpo
e outros contaminantes”, explica.
Segundo ela, apesar das vantagens dos sistemas automatizados, é necessário ter
cautela em seu uso, pois fatores como manutenção e limpeza inadequada da
máquina, utilização de água de baixa qualidade microbiológica, entre outros,
podem levar a riscos. “Por exemplo, a pré-limpeza inadequada dos endoscópios
pode gerar aumento da carga bacteriana da máquina. Um endoscópio sujo pode
contaminar as reprocessadoras”, aponta.
Para Claudia, todo paciente deve ser considerado potencialmente de risco, por
isso é necessário ter o mesmo rigor a cada procedimento. As suas recomendações
para minimizar os riscos de infecções nos hospitais são: promover a
conscientização e o treinamento periódico da equipe; fazer o monitoramento da
limpeza; investigar surtos e dar feedback às equipes; manter investimentos;
analisar as publicações científicas, as recomendações de sociedades de
especialistas e as recomendações dos fabricantes; padronizar o processamento do
endoscópio; e tornar disponível os procedimentos escritos e de fácil acesso.